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​2023

 

A construção cotidiana do saber: aventuras pela história das ideias linguísticas

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

 

 

Para pensar a construção cotidiana do saber na história das ideias linguísticas, a autora assume a posição ética e política de quem faz história se reconhecendo como parte dela. Seu trabalho traça um percurso que começa por uma viagem pessoal pelo saber, durante sua infância, adolescência e idade adulta, passando pelo início de sua aventura de formação diante e dentro da linguagem na Unicamp, chegando a novas aventuras de reflexão linguística empreendidas em outros espaços institucionais, e retornando à Unicamp, num recomeço com novos desafios teórico-analíticos sobre a relação/divisão dos saberes, dos sentidos, dos espaços, dos sujeitos e das línguas, considerada a partir de uma perspectiva discursiva da história das ideias linguísticas.

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A produção do saber linguístico, etnográfico e cartográfico no rio Purus

Diego Michel Nascimento Bezerra - SEDUC/PA

Carolina Rodríguez - Unicamp

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

 

Os autores analisam a produção do saber linguístico, etnográfico e cartográfico no rio Purus em textos diversos, notadamento produções oitocentistas, como mapas, relatórios, dentre outros documentos, que vão produzindo um recorte da socieade apurinã pelo olhar ocidental.

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​2022

 

Said Ali e a gente na história da língua e da gramatização brasileira

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

Michel Marques de Faria - Unicamp

 

Os autores analisam como a pronominalização do a gente comparece como uma questão elaborada e reelaborada em produções de Said Ali, mostrando como sujeito e língua vão sendo significados/divididos quando o autor reflete sobre o a gente, e como ele lida com o problema da indeterminação e da determinação do pronome. A partir disso, os autores se voltam para as condições históricas específicas do funcionamento pronominal do a gente no Brasil articuladas à produção de um saber sobre esse funcionamento, considerando as relações de dominação e resistência constitutivas da nossa história de colonização e de descolonização.

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O saber não é conteúdo

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp​

 

A autora faz um relato de seu percurso pelo conhecimento na história das ideias linguísticas com o objetivo de indagar e analisar alguns funcionamentos da palavra conteúdo em relação às palavras saber ou conhecimento, e de propor algumas considerações discursivas sobre a materialidade do saber.

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As formas da língua na Análise Automática do Discurso (1969-1983): a herança linguística de Michel Pêcheux

Filipo Figueira - Unicamp

O autor realiza um percurso de leitura sobre o conceito de língua no projeto teórico da Análise Automática do Discurso (1969-1983) de Michel Pêcheux como uma maneira de expor e defender a importância desse conceito nas análises e no arcabouço teórico da Análise do Discurso contemporânea. Seu percurso de leitura tem como ponto de partida a  apropriação  discursiva dos  primados  da metáfora sobre  o  sentido  e do valor  sobre  a significação, estendendo-se até as reelaborações finais de Pêcheux, em que o autor formula a assunção de que a língua é capaz de revolta.

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¿Está Cerrada La Frontera O Pasa Algo?

Línguas de fronteira e o cotidiano da fronteira Brasil/Argentina em tempos de pandemia

Marilene Aparecida Lemos - UFFS

 

O objeto de estudo da autora toma as relações simbólicas entre o espaço, os sujeitos e as línguas em em funcionamento no cotidiano da fronteira entre Dionísio Cerqueira-SC, Barracão-PR (Brasil) e Bernardo de Irigoyen (Misiones, Argentina), no período de pandemia de covid-19. Suas análises apontam para uma relação desigual entre organização e ordem da fronteira em que práticas cotidianas e ordinárias irrompem, perfuram o trabalho do jurídico.

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¿Tenés mate por lo menos? Reflexões sobre o funcionamento da cultura a partir das Charlas de cine

Marilene Aparecida Lemos - UFFS

A autora apresenta um percurso de sua experiência docente universitária no início da pandemia, realizdo por meio do ensino remoto, com a atividade Charlas de Cine. A partir da apresentação dessa atividade, a autora aponta para a questão da importância do oferecimento de condições de acesso e permanência dos alunos, bem como para a necessidade de reflexão sobre a diversidade das práticas culturais em funcionamento no ensino de espanhol.

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A formulação de um saber linguístico no Manual de Comunicação LGBTI+

Matheus da Silva Medeiros - Unicamp

Em sua dissertação de mestrado, o autor investiga, no âmbito da história das ideias linguísticas, os processos de formulação de um saber linguístico LGBTQIA+ no Manual de Comunicação LGBTI+ (2018). Com seu trabalho, e considerando o momento histórico no século XXI, em que um conjunto de produções sobre a temática LGBTQIA+ começa a ser difundido a partir de instrumentos linguísticos, Medeiros propõe o conceito de gramatização inclusiva, e inscreve o Manual de Comunicação LGBTI+ no interior desse acontecimento.

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​2021

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O valor do saber: percursos de sentidos

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

Neste capítulo, a autora investiga percursos de sentidos sobre o valor do saber, tendo em vista os processos de destruição simbólica e física de instituições do saber, entre incêndios e apagões, e apontando também para processos de construção e reconstrução. A reflexão sobre a construção das instituições do saber no Brasil é realizada com foco nos processos de constituição, divisão e hierarquização dos saberes, bem como sobre o crescimento do produtivismo e do tecnicismo nessas instituições. A partir disso, e considerando as condições de produção do discurso do/sobre o saber em meio à pandemia do novo coronavírus, Ferreira analisa as formulações “não pode parar” e “todos os protocolos”, atentando para o funcionamento do silêncio e da negação que afetam a circulação do saber. Suas análises a levam a pensar sobre como o saber continua sendo um argumento relevante em nossa sociedade, mas que ele precisa ser significado como muito mais do que um mero argumento. Por fim, a autora esboça algumas propostas de políticas de combate à pandemia por meio de um trabalho simbólico com o saber.

 

Sentidos de Campo da vida cotidiana na BNCC: a política de uma língua

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

Juciele Pereira Dias - UERJ

Analisando os sentidos de Campo da vida cotidiana na BNCC, as autoras notam um efeito de sobreposição da política de uma língua – demanda do Estado – a demandas de políticas de línguas outras, mostrando como a inserção desse campo nos Anos Iniciais do componente curricular de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental contribui para esse processo. Processo este que conduz à disciplinarização do cotidiano enquanto um campo de saber e contribui para a manutenção de um efeito de unidade linguística da língua portuguesa pelo aprendizado da leitura e da escrita com base em gêneros textuais.

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A gramatização do apurinã no século XIX: língua, sujeito e espaço

Diego Michel Nascimento Bezerra - Unicamp

Em sua tese de doutorado, o autor analisa a gramatização da língua apurinã (pupỹkary sãkyri), falada originalmente ao longo do rio Purus, entre os estados brasileiros do Acre e do Amazonas. Bezerra busca observar como a relação entre língua, sujeito e espaço vai sendo construída em textos de autores que contribuíram para a gramatização do apurinã a partir da segunda metade do século XIX. Em suas análises, o autor mostra um espraiamento gradativo do olhar e do avanço colonizador no Purus, a partir de uma relação entre língua, sujeito e espaço, que vai constituindo uma imagem do apurinã baseada em modelos ocidentais, a partir da qual se formulam os primeiros saberes linguísticos dessa língua indígena. 

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Do you speak engrish? O (não) falar inglês na Desciclopédia

Pedro Ternes Frassetto - Unicamp 

Ouvimos no dia a dia que o inglês é a língua da ciência, é a língua de comunicação entre quaisquer pessoas que não partilhem a mesma língua materna, é, enfim, a língua global. Entretanto, coexiste uma negação dessa dominância do inglês, que também encontra respaldo no cotidiano. Com o propósito de investigar políticas linguísticas ordinárias e saberes linguísticos cotidianos (FERREIRA, 2020a; 2020b) sobre o inglês, o autor propõe a analisar como a língua inglesa é significada em dois artigos da Desciclopédia – Língua inglesa e Ingrês – com foco nas tensões entre falar e não falar inglês. Para tal, serão analisadas as formas como os artigos são escritos, as denominações dadas à(s) língua(s), os espaços onde ela(s) (não) é/são falada(s), suas histórias e aqueles que (não) a(s) falam.

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Arquivo do conhecimento gramatical: uma compreensão discursiva da construção de saberes

sobre formação de palavras com os sufixos -ista e -eiro no Brasil

Michel Marques de Faria - Unicamp

Em sua dissertação de mestrado, o autor percorre a historicidade dos saberes linguísticos produzidos sobre o processo de formação de palavras com os sufixos -eiro e -ista em um arquivo de gramáticas brasileiras publicadas entre a metade do século XIX e o início do século XX. Em seu trabalho, Faria reflete discursivamente sobre regularidades e irregularidades presentes nas gramáticas quanto aos saberes sobre os sufixos -eiro e -ista, em articulação com posições teóricas, instituições e políticas linguísticas, em suas tensões e contradições, constitutivas dos processos de produção de conhecimento.

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Brasil x Portugal: guerras memeais no Twitter

Rafaella Yurie Pucca - Unicamp

Em sua monografia, a autora analisa determinados processos de significação das relações entre Brasil e Portugal em postagens e memes de diferentes redes sociais, com destaque para o Twitter. Considerando a história da colonização linguística e dos processos de resistência à colonização no Brasil, suas análises se voltam para a questão do cotidiano da língua e dos saberes linguísticos cotidianos (FERREIRA, 2020a, b, c), em seus efeitos, em postagens com discursos antilusitanos e antibrasileiros.

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​2020

 

Saberes linguísticos cotidianos

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

Tomando a paródia como um espaço privilegiado para uma análise dos saberes linguísticos cotidianos, a autora mostra como esses saberes funcionam fora, mas também ao lado e mesmo no interior da gramática, da linguística, da literatura e das artes, a partir de políticas linguísticas ordinárias que se insinuam sob diferentes éticas e estéticas, a depender dos processos de identificação com a língua pelo sujeito, constituídos pela relação entre ideologia e inconsciente.

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O cotidiano na História das ideias linguísticas

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

Neste trabalho, a autora busca contribuir para uma teorização discursiva sobre a questão do cotidiano na história das ideias linguísticas. Para isso, empreendo diálogos e debates teóricos com estudos de Michel de Certeau, Michel Pêcheux, Sylvain Auroux e Eni Orlandi.

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Ler, (d)escrever e interpretar os artefatos

Ana Cláudia Fernandes Ferreira - Unicamp

Este texto reflete sobre o trabalho de ler, (d)escrever e interpretar a relação entre a língua e o imenso e indefinido conjunto de artefatos a ela articulados, pensados a partir de uma perspectiva discursiva da história das ideias linguísticas. A autora mostra como, entre os artefatos e o impossível da língua, vamos inscrevendo a língua em nossos artefatos, ao mesmo tempo em que a língua flui por entre eles.

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​2019

 

O ensino da língua nacional no século XIX e a constituição da gramatização brasileira:

a produção de Antonio Alvares Pereira Coruja

Juciele Pereira Dias​ - PPGCL-UNIVÁS

Este trabalho objetiva compreender como, pelas diferentes posições sujeito tomadas pelo autor da Grammatica da Língua Nacional, Antonio Alvares Pereira Coruja, inscrevem-se os sentidos sobre a língua nacional e o seu ensino, em meio a disputas e tensões, no processo de produção do conhecimento e das políticas de línguas. Filiado à Análise de Discurso (PÊCHEUX, 1975, 1982; ORLANDI, 1998, 2002; MARIANI, 2003, 2004), o trabalho traz contribuições para as pesquisas em história das ideias linguísticas no Brasil, voltadas para a temática da constituição da gramatização brasileira no século XIX, base da relação Língua-Estado-Nação brasileira.

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